domingo, 9 de janeiro de 2011

Carta sem destinatário

Fortaleza-CE 09.01.2011

09.01.2011 um domingo nublado.
Eu estou tentando lembrar quais eram os planos. Aí onde tu estás , como está o céu?
Descreva pra mim , tudo ao seu redor, quem sabe eu não tento te achar.
Fui tomar um café, com um amigo essa semana, e me deu uma vontade de voltar no tempo.
Saudosismo de tantos momentos. Passado... passado... passado ... sim, eu quiz voltar. Me vi diante da minha primeira fuga.
Querendo quebrar a barreira tempo/espaço me frustrei.
Sabe como é? Frustração?
Não, tu não estavas lá , não vistes meu semblante nesse momento, ou vistes?
Então nesses domingo.. ou nessa segunda (quem sabes se tu estiveres no Japão) me responda essa carta com um sonho bom .
Pegue uma bicicleta, siga até a banca de revistas mais próxima, compre o jornal e me narre as notícias da sua localidade.
O Brasil em mim causa uma afinidade, eu confesso que não tenho essas vontades de ir embora para sempre para outro país qualquer, não é nacionalismo, é bem-estar , bem-estar aqui.
Quem sabe um dia eu vá te visitar ou tu venhas em mim esbarrar.
Hoje eu quero te contar um segredo, nessa carta, nesse momento, eu sei que é triste, tanta maldade , pobreza, fome pelo mundo e eu aqui só conseguindo pensar
em te escrever, a você que não sei quem é, para pedir-lhe que não deixes sua honra esvair-se numa ruela qualquer. Não deixe que lhe digam quem tu és, ou como deve agir ou lhe imponham o que pensar; e assim sendo, entenda que as pessoas são diferentes, respeite o pensar diferente do seu. É triste, sabemos que há todo momento irão lhe impor algo; sim, eu lhe peço para travar essa guerra constante pelo seu eu. Não se perca.
No mais, um abraço apertado de quem te quer tanto bem...

...Eu.