segunda-feira, 20 de julho de 2009

Ela estava casada quando nos conhecemos
Prestes a ser divorciar
E ela diz que a ajudei quando mais precisou
Nossas mães não apoiaram no início a nossa pequena loucura
Mas eu usei de extremo sentimento
E ela sempre mostrou-se forte
Bem cedo certo dia , esperamos o sol nascer
conversando sobre nós e qualquer outra particularidade nossa
Seu cabelo ainda está castanho
Ela vive querendo muda-lo
E o meu continua o mesmo
Ela tinha um emprego e cursava jornalismo e eu , bem eu estava nos psicodiagnosticando por tempo demais
Mas nunca gostei tanto assim então um dia o ficha caiu
E acabei parando em Serra Talhada
Onde acabei sendo empregado
E todo esse tempo que estava sozinho
O passado veio a tona
E eu acabei reencontrando muitas mulheres
Mas ela nunca fugiu da minha mente.
Então quando nos encontramos, eu perguntei
''Eu não te conheço de algum lugar?''
E ela ''Eu pensei que você nunca fosse dizer olá
Você me parece do tipo calado'''
E riu um riso de me tirar o fôlego
Ela me entregou um livro de poemas
de um poeta brasileiro
E aquelas palavras finalmente me mostraram algo sincero
Eu li aquelas páginas enquanto fugia o olhar
para encarar o rosto dela
E esperar alguma mudança por menor que fosse.
E ela , ela nunca piscava , apenas ficava vermelha, um vermelho tentador.
Agora eu estou sentado na cama
Imaginando se aquele olhar dela ainda acontece
O saldo de papai não é tão grande, então como posso fugir daqui de encontro a ela?
Nos separamos numa noite escura e fria,
Ambos concordando que era melhor.
Eu a ouvi falar sobre meus ombros
''Nos veremos algum dia pela avenida''
Então ela entrou no ônibus e algo dentro de mim morreu
E aquela dor se seguiu por um tempo insuportável
A única coisa que eu poderia fazer era voltar a vê-la
Encontrá-la de algum modo
A gente sempre sentiu as mesmas coisas
Só que de pontos de vista diferentes
As pessoas que conhecemos agora se tornaram distantes
A falta que ela faz...
Não sei o que essas pessoas fazem da sua vida
Mas eu , eu vou seguir estrada , preciso dela junto a mim.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Saudoso Velhinho

Sem tempo certo para acordar, a jovem abria os olhos lentamente, no quarto escuro recheado de livros ,ao som da bela música O barquinho na voz de Nara Leão, era de fato uma bela manhã.
Sem mais demoras o sorridente velhinho passava apressado pra cozinha , colocava uma dose de whisky no copo , voltava sorridente , aqueles sorrisos sinceros joviais, entrava no quarto e soltava um feliz ''Bom Dia''. Passava de novo pra cozinha, deixava o copo já então vazio , enquanto a jovem enchia o copo com um pouco de leite e abria qualquer livro que lhe agradasse no momento e lia algumas páginas , enquanto que o velhinho ía tomar banho .
Depois do banho tomado por ele era a vez dela tomar seu banho , espera então o mesmo relendo o livro deixado por ela na mesinha da cozinha.
Saíam os dois em direção ao Garça Restaurante , para tomar um café da manhã ou talvez apenas para passar no mercado central e depois ir ao restaurante tomar algo que contenha um nível etílico de qualquer coisa , que geralmente se resumia a cerveja.
As terças e quintas , demoravam mais a espera do amigo Diassis.
As tardes ela voltava sozinha para casa e estudava , e estudava.
E o velhinho dependendo do dia , ou teria a companhia do Diassis no CRI , ou teria a companhia de outro amigo querido .
As noites comemoradas sempre ao som de uma fluente e atraente Bossa Nova ou Sambinha; e sempre aquelas conversas tão tão alegres , inteligentes, sinceras, aquelas que surgem e deixam saudades, aquelas nas quais se escrevem editorias para jornais , desse tipo de conversa que se torna momento único.
De volta para casa , talvez assistir um filme madrugada afora até que pegassem no sono , ele na cama e ela sentada encostada na parede.
Apenas relembrando alguns momentos ; caro leitor , não leve a mal , não estou disposta a receber críticas literárias sobre essas revelações, faça-me o favor de ler , comentar se quiser, não estou disposta a ficar exposta de graça , se exponho é porque é público e notária a falta desse velhinho querido .



Atitude Verde!


http://www.greenpeace.org/brasil/greenpeace-brasil-clima/noticias/ativistas-ocupam-quatro-usinas

É preciso tomar uma atitude e já.

sábado, 4 de julho de 2009

Psicodrama

Numa ruazinha pacata do centro de Ouro Preto,com ladeiras enormes, ladrinhada de inúmeros barzinhos e casas do tempo da colonização portuguesa, banhada pelas luzes pungentes das estrelas boêmias, pode-se observar cenas realmente dignas de histórias inenarráveis.
O que eu quero expor nesse texto não tem nada haver com essa ruazinha , só a pus aqui para que você caro leitor , pudesse ter a imagem de alguma coisa agradável antes que eu revelasse a real intenção dessa prosa.
Venho aqui falar-lhe sobre um beija-flor , uma roseira , o ursinho polar e um pouco de bossa nova.
Sabe essas coisas que derrepente não cabem em si e nem em ti?
Ok, vamos tentar uma outra abordagem ; talvez um pouco de psicodrama.
A realidade é que antigamente o homem se perguntava por que o céu é azul? Se o oceano tinha solo,e tantas e tantas outras questões; mas o amor , a procura pelo amor , essa sim é uma questão presente e sempre reinventada.
Além do qualquer, do doce e amargo, do sexo selvagem e do carinho expontâneo, o que é o amor?
Voltemos então meus caros para a ruazinha de Ouro Preto, que essa questão nao responderemos com psicodrama.
Supondo que o amor pudesse retroceder no tempo como o beija-flor retrocede no voo , se pudesse ter a essencia da roseira , a força do urso polar e o ritmo da bossa nova, então esse sim seria o maior bem jamais visto, inventado ou sentido.
Mas não era esse também o tema dessa união de palavras, agora nem me perguntem que também já não me lembro o que me veio quando propus expor essas letras num conjunto de palavras.
Então evoquemos mais uma vez a belíssima ruazinha de Outro Preto , só que agora com a sutil presença de um rapaz solitário , caminhante , pensativo , introspectivo , uma espécie rara de personalidade, e a beleza física incomum de um jovem brasileiro.
Não cabe psicodrama nessa ruazinha .
Imagine você caro amigo , uma moça que acompanhe esse jovem; não cabe a mim a continuação dessa prosa, dê você rumo a essa alma .
Afinal ..''Numa ruazinha pacata do centro de Ouro Preto,com ladeiras enormes, ladrinhada de inúmeros barzinhos e casas do tempo da colonização portuguesa, banhada pelas luzes pungentes das estrelas boêmias, pode-se observar cenas realmente dignas de histórias inenarráveis... ''