quinta-feira, 16 de julho de 2009

Saudoso Velhinho

Sem tempo certo para acordar, a jovem abria os olhos lentamente, no quarto escuro recheado de livros ,ao som da bela música O barquinho na voz de Nara Leão, era de fato uma bela manhã.
Sem mais demoras o sorridente velhinho passava apressado pra cozinha , colocava uma dose de whisky no copo , voltava sorridente , aqueles sorrisos sinceros joviais, entrava no quarto e soltava um feliz ''Bom Dia''. Passava de novo pra cozinha, deixava o copo já então vazio , enquanto a jovem enchia o copo com um pouco de leite e abria qualquer livro que lhe agradasse no momento e lia algumas páginas , enquanto que o velhinho ía tomar banho .
Depois do banho tomado por ele era a vez dela tomar seu banho , espera então o mesmo relendo o livro deixado por ela na mesinha da cozinha.
Saíam os dois em direção ao Garça Restaurante , para tomar um café da manhã ou talvez apenas para passar no mercado central e depois ir ao restaurante tomar algo que contenha um nível etílico de qualquer coisa , que geralmente se resumia a cerveja.
As terças e quintas , demoravam mais a espera do amigo Diassis.
As tardes ela voltava sozinha para casa e estudava , e estudava.
E o velhinho dependendo do dia , ou teria a companhia do Diassis no CRI , ou teria a companhia de outro amigo querido .
As noites comemoradas sempre ao som de uma fluente e atraente Bossa Nova ou Sambinha; e sempre aquelas conversas tão tão alegres , inteligentes, sinceras, aquelas que surgem e deixam saudades, aquelas nas quais se escrevem editorias para jornais , desse tipo de conversa que se torna momento único.
De volta para casa , talvez assistir um filme madrugada afora até que pegassem no sono , ele na cama e ela sentada encostada na parede.
Apenas relembrando alguns momentos ; caro leitor , não leve a mal , não estou disposta a receber críticas literárias sobre essas revelações, faça-me o favor de ler , comentar se quiser, não estou disposta a ficar exposta de graça , se exponho é porque é público e notária a falta desse velhinho querido .



Um comentário:

  1. sabe quando reconhecemos que um momento é realmente bom? antes mesmo dele acabar sentimos saudades ...e o ritmo da bossa nova( citado no texto ) como trilha sonora perfeita compartilhando a saudade conosco , saudade daqueles que o tempo não perdoa ( quem o tempo perdoa?)

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suspiraram