quarta-feira, 7 de setembro de 2011

"Para me ensinar"


Lolita saiu de casa , com seu vestido preto de bolinhas brancas , sua tiara vermelha no cabelo castanho escuro, uma meia-calça listrada,preta e branca, um salto fino preto e uma expressão meio cansada, meio apática.
Três dias após seu aniversário de 20 anos, sentia-se carregando o mundo nas costas, tudo isso que dizem nas revistas sobre guerras e fome, e consumo exagerado, tudo isso que passa no jornal do meio-dia, e as músicas que passam em vídeos lhe causou um certo loteamento de pensamentos avulsos.
Havia esse garoto, esse amigo de pouco tempo, um desconhecido-conhecido, que não saía do seu pensamento, ela pensou "acho que ele só estava lá para me ensinar"...
eram sobre intervenções as suas conversas. Sobre como o mundo poderia mudar. Sobre como eles poderiam mudar. Falavam sobre revoluções internas para gerar uma revolução externa.
E o tempo da sua vida passava rápido, outro dia, outro lugar, eles separados e ao mesmo tempo unidos pela tecnologia. Lolita pensava em como poderia ser conhecê-lo e quando o conhecesse e o amasse até quando ele permaneceria.
Talvez em outro mundo paralelo ele fosse seu amante eterno, mas neste paralelo o único acompanhante de Lolita é o seu vestido preto de bolinhas brancas.
E Lolita pensa: um viva a internet, eu estaria melhor não sabendo o que eu não posso ter.

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